Nas bruxuleantes estradas
Que contornam o colosso adormecido,
Ouve-se ecos de vozes de fadas,
Entoando no espaço escurecido.
A magia encantada,
Que dos poros da terra emana,
Cobre a carne petrificada,
Semi-virgem, pré-urbana.
Por suaves montes abraçada
Ventre dócil, verdejante,
Pela noite velha enfeitiçada
Navega rumo a levante.
Encostas sinuosas
Fecundas e a fervilhar,
Viris coxas rochosas
Que parem o mar.
Pedra cantante
Negra pérola a brilhar,
Húmida, apaixonante
Mansão do sonhar.
No comments:
Post a Comment