Quem és tu, este que habito,
gostava ele de saber.
Evolução, conflito,
Barro sem molde para o conter.
Água a escorrer entre os dedos,
Gelo, gota a gota, a derreter,
Céu aberto sem segredos,
A sabedoria no esquecer.
Espaço que se acolhe,
Cão a ladrar ao próprio reflexo,
A vida que se escolhe,
É orquestrada muito antes do berço.
Sigo as calhas do devir
Sem nunca estremecer,
Porque o sentido está no ir,
No sagrado não ser.